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Morte de Danielle Christina completa 15 meses sem julgamento do acusado de cometer o crime

Por Dermival Pereira


Ex-marido dae Danielle, médico Álvaro Ferreira da Silva é o principal suspeito do crime

A morte da professora Danielle Christina Lustosa Grohs, de 47 anos, encontrada morta em dezembro de 2017, completa 15 meses nesta segunda-feira, 18, mas ninguém foi julgado pelo assassinato, até o momento. Segundo informações repassadas pelo advogado da família da professora, ainda no mês passado, todas as oitivas já foram realizadas e o processo está pronto para ser julgado.

Segundo consta no processo, a professora tinha sinais de asfixia e o principal suspeito da autoria do crime é o médico e ex-marido da professora, Álvaro Ferreira da Silva. A mão da vítima, Simara Lustosa, reclama da demora no julgamento e pede que o acusado seja levado ao Tribunal do Júri.

Nesta segunda-feira, Dona Simara voltou a falar com o Portal CP sobre o assassinato da filha. “Não consigo esquecer um só dia, mas quando chega o dia 18 a lembrança do dia que o monstro psicopata tirou brutalmente a vida dela, passa o filme em minha cabeça. A justiça precisa colocar esse assassino na prisão, a família pede à justiça agilidade no processo e que o acusado (Álvaro Ferreira da Silva), seja levado à júri”, relata a mãe.

Entenda

O processo que trata do assassinato da professora está pronto para ser julgado, segundo informou ainda no mês passado, o advogado da vítima, Alecrim Edson Ferreira. Conforme o advogado, todas as fases do processo que precedem o julgamento já foram concluídas e as alegações finais também já foram apresentadas. 

O próximo passo, segundo explicou o advogado, é a sentença de pronúncia, na qual o juiz irá decidir se o réu irá ou não ao Tribunal do Júri. “Essa decisão agora é o próximo passo, pois todas as partes já apresentaram as alegações finais, inclusive o Ministério Público que em seu parecer, manifestou favorável que ele seja levado a júri popular”, afirma o advogado.

Nas alegações do Ministério Público Estadual (MPE), as quais o Portal CP teve acesso, o órgão alega que o médico agiu mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, com reduzida capacidade de reação. Segundo acusa o MPE, “não há dúvidas que o crime foi cometido contra a mulher por razões de sexo feminino, sendo vastos os elementos que comprovam episódios de violência doméstica do médico em relação à vítima”.

Por fim, o Ministério Público solicita ao Judiciário, que Silva “seja pronunciado pelos crimes de motivo torpe, asfixia e feminicídio, com implicações de crimes hediondos, submetendo-se a julgamento no âmbito do Tribunal do Júri”.


Decisão

A última movimentação do processo ocorreu no último dia 17 de janeiro, data em que o juiz Luiz Zilmar dos Santos Pires, indeferiu pedido da defesa do médico para que testemunhas já ouvidas fossem interrogadas novamente. Na decisão, o magistrado entendeu que “não se faz imprescindível a ouvida das testemunhas referidas no pedido e nem a realização da quebra de sigilo telefônico de testemunha do processo. Isto porque as testemunhas que prestaram seus depoimentos em Juízo foram claras e coesas sobre o que sabiam sobre o fato”, explica.

O juiz pontua na decisão, que “os pedidos da defesa apenas contribuiriam para um prolongamento ainda maior da instrução criminal e não propriamente para a demonstração de alguma causa de exclusão de ilicitude, tipicidade ou culpabilidade”, ressalta, determinando logo em seguida, que as partes fossem intimadas para apresentação das alegações finais.


Oitivas


No dia 11 de dezembro do ano passado foi realizada a segunda e última oitiva do processo, além do acusado, o juiz ouviu uma testemunha de defesa. Ao todo, a audiência durou cerca de quatro horas. A primeira audiência ocorreu em outubro, também do ano passado, quando foram ouvidas oito testemunhas de acusação e seis de defesa.

Entre as testemunhas ouvidas na primeira oitiva, estava a ex-namorada do médico, Marla Barbosa. Durante o interrogatório, ela disse sentir medo do médico e negou que soubesse do crime quando viajou com ele no dia seguinte ao assassinato. Durante o depoimento de Marla, Álvaro foi retirado da sala de audiências,a pedido dela.

O Caso O corpo da professora foi encontrado no dia 18 de dezembro, deitada na própria cama com marcas de estrangulamento. Em 11 de janeiro de 2018, Álvaro Fereira foi preso em um cinema de Anápolis (GO), ele já era considerado foragido da polícia e principal suspeito do crime, em virtude de já ter sido preso por agredir a ex-mulher dias antes do crime. Na época, o Ministério Público chegou a pedir a prisão preventiva dele, mas o pedido foi negado pelo juiz, que determinou a liberdade sem pagamento de fiança.

Após a prisão o médico conseguiu nova decisão judicial e hoje responde o processo em liberdade. Ele é monitorado por tornozeleira eletrônica e não pode se ausentar de Palmas sem autorização da Justiça. 

Resposta de 0

  1. Absurdo esse monstro ainda não estar preso. Minha sobrinha não está mais entre nós. Clamanos por justiça e que ele seja julgado e condenado por pena máxima. A saudade só aumenta 😢

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