Da Redação do Portal CP
Material publicado pelo site The Intercept Brasil, na noite deste domingo, 9, revelou diversas conversas entre os procuradores da República, membros da Força Tarefa da Lava Jato, feitas por meio do Telegram, onde discutem formas de impedir que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, já preso, desse entrevista no ano passado. Esses procuradores se manifestaram indignados ao saber que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, autorizou a entrevista de Lula à Folha de São Paulo.
A procuradora da República Laura Tessler falou, entre várias conversas, que: “sei lá… mas uma coletiva antes do segundo turno pode eleger Haddad”, deixando claro sua preferência pelo o outro candidato, o presidente Jair Bolsonaro. Os procuradores chegaram a discutir estratégias para tumultuar o acesso da Folha ao Lula, falando que seria melhor uma coletiva de imprensa. O que os procuradores não fizeram, discutir os direitos constitucionais: liberdade de expressão e da imprensa.
Convocação de Moro O PSOL, em sua conta no Twitter, anunciou ainda no domingo, 9, que protocolará nesta segunda-feira, 10, a convocação do Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, para que compareça na Câmara Federal para explicar sua relação com os procuradores da República, da Força Tarefa da Lava Jato. O site The Intercept Brasil publicou quatro matérias onde mostra mensagens trocadas entre o ex-juiz Moro, que condenou o ex-presidente Lula à prisão, e membros do Ministério Público Federal (MPF) demonstrando sua articulação com acusação, apontando uma parcialidade quanto ao processo. Para o PSOL, “o atual ministro, agente político de toga muito antes de ser governo, passou de todos os limites da democracia”.