Da Redação do Portal
CP
Durante o período de estiagem, os produtores rurais precisam traçar estratégias
para garantir o abastecimento de água e alimento para os animais da
propriedade. A cada ano, novas tecnologias de melhoria da vida do homem do
campo são desenvolvidas, visando à sustentabilidade, que inclui o baixo impacto
ao meio ambiente, baixo custo para o produtor e maior rentabilidade na
produção.
A atuação da Secretaria de Desenvolvimento Rural (Seder) é fundamental para atender e implementar ações positivas para os agricultores de Palmas. Das diversas tecnologias desenvolvidas para o mundo agro pela pasta, dezesseis estão disponíveis para visitação durante a Feira Agrotecnológica do Tocantins (Agrotins), na Fazendinha Calor Humano, como a plantio da variedade de capim BRS Capiaçu, melhoramento do Capim-Elefante.
O zootecnista da Seder Thiago Moreira, explica que a BRS Capiaçu é uma alternativa para suplementação, com elevado potencial de produção e rendimento nutritivo superior a outras culturas usadas para a silagem, sendo excelente opção para o gado leiteiro. “Esse tipo de capim rende anualmente 300 toneladas por hectare de matéria verde em três cortes. Cada planta atinge aproximadamente 4,5 metros de altura quando apta ao corte e cerca de 5% de proteína bruta. Vale lembrar que as plantas mais novas podem chegar a 10% de proteína, que é um ganho importante para a alimentação dos animais”, explica.
Plantio
O cultivo da BRS Capiaçu pode ser feito tanto com o plantio da cana (caule) de forma horizontal como vertical. Após uma série de testes, os técnicos da Seder concluíram que a forma vertical de plantio rende melhores resultados. “Plantamos como se fosse uma estaca. Após o solo reparado com a adubação a cana foi colocada na terra com duas gemas para cima e uma para baixo. Além disso, a forma vertical exige menos material e a perda de plantas é bem menor do que na modalidade horizontal. Mais de 90% das mudas vingaram e não registramos deficiência no recrescimento”, comemora o zootecnista.
Melhoramento
A variedade BRS Capiaçu foi desenvolvida pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) a partir do Programa de Melhoramento Genético de Capim-Elefante. Conforme a Embrapa, seu surgimento veio do cruzamento de variedades do que fazem parte do Banco Ativo de Germoplasma de Capim-Elefante (BAGCE).
E para chegar ao resultado esperado foram 15 anos de estudos com o desenvolvimento de dois mil híbridos. Ao final dos testes em diversos estados brasileiros chegou-se ao BRS Capiaçu, que é facilmente cultivável em todo o Brasil e a BRS Canará, bem adaptado aos biomas amazônico cerrado e capineiras, conforme informações da Embrapa.