Por Dermival Pereira
Centrais sindicais e seus sindicatos do Tocantins estão reunidos na tarde desta
segunda-feira, 11, com o deputado federal pelo Tocantins, Célio Moura (PT),
para discutir estratégias de mobilização a serem realizadas no Estado contra a
reforma da Previdência, proposta pelo governo federal. A reunião acontece em
Palmas, na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Tocantins
(Sintet).
Estão presentes na reunião, a Nova Central Sindical de Trabalhadores no Tocantins, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Força Sindical, Comando Geral dos Trabalhadores (CGT) e a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil no Tocantins (CTB).
Falando aos representantes das entidades classistas, o deputado Célio Moura disse já ter uma análise da tramitação da Reforma da Previdência que começa está semana com a instalação da comissão especial e que hoje o governo não tem votos para aprovar o texto. “O momento é de mobilização da população e de pressionar o congresso contra as mudanças”, afirma o parlamentar.
Para o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Tocantins (Sisepe) e da nova Central Sindical de Trabalhadores no Tocantins, Cleiton Pinheiro, a “reforma da Previdência não vai resolver o problema, ela está apenas buscando resolver problema fiscal do governo”, pontua Pinheiro.
Mobilização
Representantes de várias centrais sindicais do Tocantins definiram em reunião na quinta-feira, 7, agendar um protesto que será realizado no próximo dia 22, em frente ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), em Palmas.
Na ocasião, o Portal CP ouviu representantes de várias entidades sindicais do Tocantins sobre o assunto. Para o presidente dos Sindicatos dos servidores Públicos do Tocantins (Sisepe), Cleiton Pinheiro, a Reforma da Previdência tem como objetivo apenas resolver problemas de caixa do Governo Federal. “Os trabalhadores são colocados como responsáveis pelo suposto déficit, mas o governo não apresenta nenhuma medida para cobrar os grandes devedores do sistema”, afirma Pinheiro ressaltando que “a reforma precisa garantir aposentadoria digna para quem trabalhou durante toda a vida e que ao final da sua vida produtiva – depois de ter contribuído para o desenvolvimento do País – não pode ser descartado como uma mercadoria inservível”, afirma.
O presidente da União Geral dos Trabalhadores, no Tocantins (UGT-TO), Marco Gomes falou sobre a importância dos trabalhadores participarem do evento. “A UGT-TO irá se unir às demais Centrais Sindicais no próximo dia 22 de março para demonstrar sua insatisfação quanto à PEC 06/2019 (Reforma da Previdência). É importante que o trabalhador se faça presente para mostra que está unido às Centrais no combate à está Reforma da Previdência que claramente retira direitos dos trabalhadores. A UGT-TO não irá se calar diante dessa perversidade proposta pelo governo”, pontua.
O presidente do Sindicato dos profissionais da Enfermagem no Estado do Tocantins (Seet), Claudean Lima Pereira, disse que “nesse momento em que a classe trabalhadora está extremamente ameaçada de seus direitos as centrais sindicais se juntam com a finalidade de provocar o trabalhador para juntos fazermos a defesa dos nossos direitos já existentes, o momento é extremamente delicado não só para o trabalhador, mas também para as entidades representativas, então nada mais pertinente do que nos unirmos em busca dos direitos já existentes”, explica.
Já o presidente da Central do Servidor Público no Tocantins, Carlos Campos, lembrou que “as centrais sindicais a nível de Brasil e no Tocantins estão juntamente com seus sindicatos filiados unidas na missão de esclarecer à classe trabalhadora e a sociedade em geral sobre o grande equivoco que é a reforma de previdência uma vez que está demonstrado por várias entidades de renome em âmbito federal que a previdência social não é deficitária”, critica.
De acordo com o sindicalista, “o Senado Federal também instalou em 2017 uma CPI que também apurou que não há prejuízo financeiro, o que se observa é uma propaganda enganosa por parte do Governo Federal e seus aliados para convencer a sociedade do contrário”, destaca, afirmando que “essa reforma se aprovada, será altamente danosa aos brasileiros e os únicos que vão lucrar com ela será o sistema financeiro, pois se caminha para a privatização da previdência e também para o aumento incalculável pela procura aos planos de previdência complementar”.