Por Dermival Pereira
A Corregedoria-Geral da Polícia Militar do Tocantins pediu a prisão preventiva do Cabo da reserva da PM, Nelcivan Costa Feitosa (conhecido como pastor Nelcivan) em um Inquérito Policial Militar aberto para apurar ofensas dele contra superiores, considerado crime no Código de Processo Penal Militar (CPPM).
Nelcivan se tornou conhecido por vídeos publicados na internet em que se autointitula pastor evangélico e cabo reformado da Polícia Militar. Nos vídeos, o militar também define sua atuação como “Patrulha Desmancha Quadrilha”, e sempre com palavras de ordens faz denúncias contra gestores, polícias e principalmente, contra o governador Mauro Carlesse, de quem está proibido de falar, por decisão judicial.
Conforme o pedido assinado pelo tenente-coronel Ricardo Apolinário de Carvalho, encarregado do inquérito, com as gravações o pastor tem violado a hierarquia e disciplina dentro e fora da Polícia Militar e ameaçado a paz social, com possíveis danos ao patrimônio de terceiros, numa referência ao radar móvel de uma empresa terceirizada que presta serviço para a prefeitura da Capital, recolhido pelo pastor em uma de suas gravações na avenida Teotônio Segurado.
O tenente-coronel argumenta que Nelcivan estaria agregando alguns simpatizantes à sua causa, civis e militares. Há um depoimento de um funcionário da empresa de radares afirmando que antes do vídeo de Nelcivan esse tipo de conduta jamais fora registrado, mas após o vídeo viralizar houve outras tentativas de vandalismo contra os aparelhos.
O pedido de prisão foi protocolado na Justiça Militar no dia 25 de abril e aguarda Parecer do Ministério Público, que pode opinar a favor ou contra a prisão.