A ex-presidente da República Dilma Rousseff foi oficializada no comando do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), o banco do Brics, nesta sexta-feira, 24. O mandato à frente do banco vai até julho de 2025.
No cargo, Dilma deve ganhar cerca de US$ 500 mil (R$ 2,6 milhões) por ano à frente da instituição, equivalente ao valor pago pelo Banco Mundial, o que refere-se a um salário mensal médio de cerca de R$ 220 mil, segundo reportagem do Estadão.
O banco ainda oferece benefícios como assistência médica, auxílio-viagem para o país de origem, subsídios para mudança em caso de contratação e desligamento, além de transporte aéreo. Procurado, o NDB não se manifestou sobre o assunto.
O banco do Brics é responsável pelo financiamento de projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável dos países que integram a instituição financeira, como os fundadores Brasil, Rússia, África do Sul, China e Índia, além de Bangladesh, Emirados Árabes Unidos, Egito e Uruguai, novos integrantes do NDB.
A sede do NDB fica em Xangai, na China. Dilma deve viajar para o país junto de Lula nos próximos dias. A viagem estava prevista para este sábado, mas foi adiada devido à uma pneumonia.
A política foi indicada pelo governo Lula ao cargo, já que cabia ao Brasil indicar uma nova chefe para o banco. O antecessor de Dilma no cargo era o também brasileiro Marcos Troyjo. O diplomata foi indicado em 2020 pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL).
A eleição marca o retorno de Dilma a um cargo público, após ter sido destituída pelo Congresso Nacional. Dilma não voltou a ocupar cargos políticos e passou apenas a participar de palestras, debates e discussões acadêmicas e partidárias.
Brics
Uma das intenções para a criação do bloco econômico era ampliar fontes de empréstimos e fazer um contraponto ao sistema financeiro e instituições multilaterais como o Fundo Monetário Internacional (FMI). Atualmente, a carteira de investimentos é da ordem de US$ 33 bilhões.