As cinco Centrais Sindicais que se organizam na base da Confederação dos Servidores Públicos do Brasil – CSPB assinaram, na sexta-feira, 24, acordo histórico de reajuste de 9% mais um aumento de R$ 200,00 no auxílio alimentação. Para o acordo ter validade, ele ainda precisa passar pelo crivo do Congresso Nacional até o fim do mês de abril.
Serão encaminhados dois projetos de lei ao Legislativo, um tratando sobre o reajuste, e outro sobre a adequação da lei orçamentária desse ano. As categorias já se organizam para disputar orçamento para em 2024 assegurar a recomposição dos prejuízos acumulados pela inflação nos últimos anos. Clique AQUI e veja o termo de acordo de reajuste dos servidores federais.
“O último acordo assinado foi em 2015, ainda no governo Dilma. Depois disso não houve mais negociação coletiva nem acordo coletivo com as categorias. Diante de anos de uma política predatória dos serviços públicos, a CSPB comemora a assinatura desse acordo. Consideramos uma vitória diante dos destroços que se acumularam no orçamento público durante o governo Bolsonaro. Cada uma das cinco centrais que se organizam na base da CSPB (Nova Central, Força Sindical, CTB, CSB e UGT) assinaram em conjunto com a nossa Confederação o primeiro movimento de reparação dessa injustiça contra as categorias federais.
Para o diretor Adjunto de Política Ambiental e Economia Sustentável da CSPB, Flauzino Antunes, “este reajuste emergencial, é resultado da reabertura de diálogo e da retomada da Mesa Permanente de Negociação, é um importante símbolo do resgate da democracia”, pontuou.
“Demos um grande passo, mas ainda temos muito para avançar. É imprescindível interrompermos esse ‘austericídio fiscal’, que mata os trabalhadores, que mata o nosso povo por conta de uma regra fiscal que é um ‘tiro no pé’. Neste cenário as políticas públicas não avançam, os servidores não são valorizados e observamos o desmantelamento de serviços essenciais e estratégicos como os do segmento da saúde e da educação. O Brasil não necessita desse engessamento, precisamos reduzir a taxa de juros e precisamos devolver o Banco Central ao povo brasileiro para que possamos implementar o projeto econômico eleito nas urnas em 2022, que é um modelo inclusivo e social”, disse em discurso.
Ainda segundo Antunes, “a continuidade dessa união dos trabalhadores do setor público e privado derrotou o fascismo. Interrompemos a aprovação das PEC 32 e iremos derrota-la muito em breve”, comemorou o Diretor Adjunto de Política Ambiental e Economia Sustentável da CSPB, Flauzino Antunes, em discurso na cerimônia de assinatura do acordo.
“Continuaremos lutando juntos, confiantes de que estamos interrompendo uma criminosa agenda de destruição dos serviços públicos e inaugurando um novo período de resgate dos investimentos no setor”, celebrou o presidente da CSPB, João Domingos Gomes dos Santos.
Na ocasião da cerimônia de assinatura do acordo do governo com os servidores federais, o Ministro de Estado Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Costa Macêdo, teve um encontro particular com o presidente da CSPB, João Domingos Gomes dos Santos. O líder sindical e o ministro conversaram sobre pontos importantes da agenda prioritária das categorias do setor público.
“O ministro Macêdo demonstrou enorme euforia com o acordo celebrado e marcou de receber a CSPB em seu gabinete, ocasião em que eu me comprometi a levar o Marco Regulatório das Relações de Trabalho no Setor Público. O ministro informou que já tinha conhecimento do projeto que pretende defendê-lo nas suas esferas de influência”, informou Domingos.
No Tocantins
Já o secretário da CSPB e presidente da AJUSP-TO – Associação de Assistência Jurídica dos Servidores Públicos no Estado do Tocantins, Cleiton Pinheiro falou da conquistas dos servidores em nível nacional e de sua luta pela implantação do auxílio alimentação também para o servidores do Pode Executivo Estadual.
“Essa é uma conquista importante da CSPB juntamente com as centrais sindicais. Aqui no Tocantins, essa tem sido uma luta constante nossa junto ao Executivo Estadual, pois somente a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros têm esse auxílio, infelizmente. E nossa luta é para que todos os servidores tenham também esse direito, já que os demais poderes pagam o auxílio alimentação, restando somente o Executivo”, lembrou Pinheiro. (Com informações da Ascom da CSPB).