Da Redação do Portal CP
A assembléia Legislativa realiza na manhã desta quinta-feira, 28, no Plenário
da Casa, mais uma audiência Pública para debater os impactos da Medida
Provisória de número 2, que suspende as progressões e indenizações dos servidores
públicos efetivos do Governo do Estado, por um período de 30 meses.
A discussão é promovida pelas comissões de Finanças, Tributação, Fiscalização e
Controle; e de Administração, Trabalho, Defesa do Consumidor, Transportes,
Desenvolvimento Urbano e Serviço Público, presididas, respectivamente, pelos
deputados Nilton Franco e Elenil da Penha, ambos do MDB.
Representam o governo do Estado na audiência, o secretário-chefe da Casa Civil,
Rolf Vidal, e o secretário de Assuntos Parlamentares, José Humberto. Rolf
argumentou que a medida de suspensão dos direitos é necessária para garantir
que o governo faça o reequilíbrio fiscal e financeiro, pois os gastos com
pessoal estariam muito alto, inclusive descumprindo a Lei de Responsabilidade
Fiscal (LRF).
De forma consensual, os sindicatos e associações militares, que representa os
servidores do governo do Estado, se posicionam contra a suspensão de direitos
garantidos em leis e questionam porque os servidores do Executivo sempre são os
penalizados. Os representantes lembram que o governador Mauro Carlesse,
garantiu em campanha à reeleição, que manteria sempre o diálogo aberto e
negociaria as medidas que pudessem impactar a vida dos servidores públicos,
porém sua ação tem sido outra.
Sisepe critica
O presidente do Sindicatos dos Servidores Públicos Estaduais (Sisepe), Cleiton
Pinheiro, classificou a MP como “um absurdo” e disse que a entidade é contra a
medida, pois penalizada os servidores públicos efetivos quando o real problema
do governo do Estado é a má gestão. Pinheiro também criticou a falta de diálogo
do Governo com servidores.
“Infelizmente a situação é que a MP nº 2 será aprovada e por isso estamos buscando alterar pontos para que a medida seja menos prejudicial aos servidores públicos”, explicou Pinheiro. O presidente destaca que “emendas aprovadas na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) já traz melhorias, como a garantia que as progressões implementadas e já adquiridas até janeiro de 2019 deverão ser pagas e não poderão ser alvos da suspensão. Outro ponto, é que as revisões dos planos de carreiras deverão ser realizados, mas sem atingir as carreiras dos servidores efetivos”.
“Já existe uma discussão para que garanta a redução do tempo da suspensão, os sindicatos e associações dos militares reivindicam 12 messes, existe uma proposta de 24 meses e talvez possa chegar a 18 meses”, detalha Pinheiro. Ele ainda ressalta que “foi apresentada emenda à MP nº 2 para que durante sua vigência seja garantido a contagem dos interstícios, realização das avaliações e oferecimento de cursos para garantir a evolução funcional após o período de suspensão desse direito”.
Já deputado Elenil da Penha destacou que “as pontuações dos representantes dos servidores serão avaliadas pela Comissão de Administração e consideradas na avaliação da MP 2.
A data da sessão que a matéria será votada ainda não foi definida, mas a audiência encerrou com a informação de que deverá ter reunião das comissões hoje, à tarde, da Administração e da Finanças.
Matéria atualizada às 12h58
Gostaria de saber se a Data – Base está incluida nessa MP 2, ou seja , suspensa?
Não a data base não está incluído no congelamento.