O candidato a Deputado Federal Professor Bazzoli visitou, esta quinta-feira, 22, lideranças indígenas da etnia Xerente para dialogar sobre os problemas locais de acolhimento aos estudantes universitários e sobre questões relacionadas as agendas ambiental e climática.
Em relação ao acolhimento aos estudantes indígenas cotistas pelas nossas universidades públicas do Tocantins, as lideranças pontuaram as suas dificuldades de manutenção, especialmente pela ausência de assistência e um suporte mais amplo.
Os indígenas relataram ao candidato que ‘somente o acolhimento pelas universidades não é suficiente, pois existe uma lacuna cultural que tem de ser preenchida, por este motivo são necessárias medidas de aprimoramento neste processo de acolhimento e integração, envolvendo os profissionais da educação, a comunidade acadêmica não indígena e os povos indígenas, vindos para ocupar as vagas em diversos cursos nas universidades tocantinenses’.
Em relação as agendas ambiental e climática foram pontuadas as invasões das terras indígenas pelas madeireiras, os garimpeiros, latifundiários, mineradoras, construção de hidrelétricas e rodovias, entre outras violências. Esta intromissão, segundo os indígenas, ‘tem causado o desmatamento, assoreamento de rios, poluição ambiental e a diminuição da diversidade dos ecossistemas, trazendo as enfermidades, a fome e o empobrecimento compulsório da população indígena’.
Ainda segundo as lideranças indígenas, ‘foi constatado que o desmonte nos órgãos fiscalizadores ambientais pelo governo federal é responsável pelos graves problemas relativos ao avanço na destruição dos territórios indígenas e as ameaças pelas falas de ódio do atual governo estão promovendo a desmedida violência contra os povos indígenas’.
Na oportunidade, Bazzoli destacou que os dados sistematizados pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi) dos últimos anos são assustadores e mostram claramente a necessidade de medidas urgentes para conter este avanço e o agravamento de ofensivas contra os povos indígenas.
Complementou que ‘tanto as questões pontuadas pelos indígenas sobre suas dificuldades ao ingressar nas universidades, que merecem medidas concretas para a contenção de evasão, como as questões mais amplas das agendas debatidas, serão objetos de inserção nas suas propostas parlamentares’ também ratificou que um dos pontos prioritários para a garantia da sustentabilidade é derrubar o marco temporal, a terra indígena já existe e é dever do Estado reconhecer e demarcar’, finalizou o candidato. (Fonte: Ascom).
