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Espetáculo “Ciranda da Quebradeira” celebra força das mulheres quebradeiras de coco babaçu

A força e a resistência das mulheres quebradeiras de coco babaçu ganham destaque no espetáculo Ciranda da Quebradeira, que será apresentado em Santa Tereza do Tocantins, Palmas e Taquaruçu nos dias 26, 27 e 28 de setembro.

Viabilizado pelo Governo do Tocantins, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), com recursos da Política Nacional Aldir Blanc (Pnab), o projeto reúne palhaçaria, teatro, circo, música e poesia, conduzidos pela artista Ester Monteiro, a Palhaça Tapioca.

Presentes principalmente na Mata dos Cocais, no Maranhão e no Tocantins, as quebradeiras de coco sustentam famílias e preservam modos de vida tradicionais, deixando um legado de luta e organização social. Entre elas, uma das maiores referências foi Dona Raimunda Quebradeira de Coco (1940–2018), reconhecida nacionalmente pela defesa dos direitos das trabalhadoras rurais.

Para a proponente do projeto, Ester Monteiro, a circulação também é um reencontro com sua própria história:

“Sendo neta de quebradeira de coco e palhaça de profissão, eu me perguntei qual era o riso da minha comunidade. Essa pesquisa existe há dez anos e foi assim que nasceu a Ciranda da Quebradeira: um desejo de expressar uma palhaçaria autoidentitária e contar a nossa própria história. A Pnab torna isso possível, porque, sem políticas públicas, muitas coisas boas não saem do papel”, afirma a artista.

As apresentações são gratuitas e contarão com intérprete de Libras e audiodescrição. A expectativa é alcançar cerca de 700 pessoas ao longo da circulação. O público pode esperar um espetáculo de rua que une humor, identidade e emoção.

Programação

  • Sexta-feira (26/09): Comunidade Quilombola Barra da Aroeira, em Santa Tereza do Tocantins – 18h
  • Sábado (27/09): Praça Joaquim Maracaípe, em Taquaruçu – 19h
  • Domingo (28/09): Parque dos Povos Indígenas, em Palmas – 18h

Sobre a proponente

Ester Monteiro é artista de rua tocantinense, educadora social e professora de palhaçaria. Fundadora da Trupe-Açu, atua desde 2009 em palhaçaria de rua, circo e teatro popular, sustentando uma pesquisa em comicidade afrodiaspórica e feminina. Formada pela Escola Livre de Palhaços (Eslipa/RJ), foi palhaça de hospital pela Fundação Escola de Saúde de Palmas (Fesp) e é embaixadora dos Palhaços Sem Fronteiras do Brasil no Tocantins.

Idealizadora dos projetos Cabaré Mama Cadela, Circo no Jalapão e Circo Cine, percorre o Tocantins e o Brasil levando cinema, circo e teatro popular. Viaja em uma Kombi 1997, a Xita, transformada em palco itinerante, onde a rua vira arena, a vizinhança vira plateia e o riso se torna resistência.

Com informações da Secretaria de Estado da Comunicação (Secom TO).

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