
Sem deixar claro e nem informar valores, o governador Laurez Moreira, conforme texto divulgado pela Secretaria Estadual de Comunicação (Secom), diz que após sua entrada na gestão “permitiu suspender qualquer possibilidade de novos aportes com o BRB, garantindo maior rigor na política de investimentos”. Contudo, não detalha quais aportes ocorreram no passado, antes de assumir como governador.
Sobre o Banco Master, o governador afirmou que não há nenhuma aplicação, nem passada nem presente, e que a gestão reforçou ainda que, desde o início do mandato, adotou como diretriz a proteção do patrimônio previdenciário dos servidores, determinando que pelo menos 80% dos recursos sejam aplicados em renda fixa, priorizando segurança.
Investigação da Polícia Federal aponta operações irregulares entre os bancos Master e BRB, onde o Banco de Brasília comprou carteiras de crédito do Master, com forte indício que o BRB buscou auxiliar o Master na sua crise de liquidez. Mas, o Master não tinha fundos suficientes para honrar os títulos que emitiu com vencimento para este ano.
Aplicação segura
“Minha determinação é que 80% dos recursos sejam aplicados em renda fixa, sem risco. Hoje, entre 77% e 84% já estão em fundos federais, de risco zero. Nossa maior preocupação é garantir total segurança para o servidor do Tocantins”, explicou o governador Moreira.
O BRB é o banco responsável pela gestão da folha de pagamento dos servidores estaduais, processando salários, aposentadorias e pensões dos servidores desde junho de 2025. A relação entre o banco e o estado começou em 2024, por meio do Contrato nº 036/2024.
Pagamento indevido
O gestor afirmou que um dos gargalos do Igeprev foi o pagamento indevido a segurados. Só na atual gestão foram abertos 426 processos de cobrança de valores pagos indevidamente, que totalizam R$ 1.415.478,03. Seguindo a orientação da Procuradoria-Geral do Estado (PGE), os envolvidos já foram notificados para realizar a devolução dos valores recebidos de forma irregular.
No aspecto financeiro e previdenciário, o governador ressaltou que foi realizado um levantamento que identificou cerca de R$ 300 milhões em processos passíveis de compensação previdenciária prestes a prescrever, o que motivou uma força-tarefa para evitar prejuízos ao instituto. Quanto aos investimentos, o governador explicou que a gestão tem atuado de forma conservadora, priorizando títulos públicos e ações para recuperar perdas em fundos estressados herdados de administrações anteriores e que o Igeprev-TO está se preparando para operar empréstimos consignados para ampliar a rentabilidade e oferecer taxas menores aos servidores.


