Advogados dizem que o juiz da 1ª Comarca de Família e Sucessões de São Bernardo do Campo, em São Paulo, errou quando afirmou que a falecida esposa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Dona Marisa Letícia tinha R$ 256 milhões em investimentos.
De acordo com nota divulgada pelo advogados do inventário de Marisa, ela tinha R$ 26 mil em investimentos. Segundo eles, o magistrado confundiu o valor unitário de cada certificado com o valor unitário de debêntures de outra natureza, e acabou estimando um valor dez mil vezes maior que o real.
A defesa de Marisa respondeu ao juiz, dizendo que: “Não existe qualquer tipo de relação entre os documentos constantes às fls. 394/427 e 428/468 (escrituras de emissão de debêntures) com os CDBs (Certificados de Depósitos Bancários) de titularidade da Sra. Marisa Letícia Lula da Silva, tampouco existe relação entre tais CDBs e o valor nominal de R$ 100,00. Em razão da aplicação automática de valores que estavam disponíveis na conta-corrente que pertencia à D. Marisa e que já haviam sido trazidos a estes autos, foi identificada a existência de CDBs em nome da falecida, os quais, segundo extrato atualizado do Banco Bradesco, correspondem à quantia (líquida) de R$ 26.281,74 (vinte e cinco mil, duzentos e oitenta e um reais e setenta e quatro centos)”.
Os advogados apresentaram para a Justiça uma imagem do extrato bancário com o que seriam os reais investimentos de Dona Marisa.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse ter ido pessoalmente ao banco buscar informações sobre o inventário de Marisa Letícia, depois que o juiz disse o valor milionário que Dona Marisa tinha em investimentos.
“Como não temos nada a esconder, fomos até o Bradesco buscar as informações. O próprio banco deveria ter desmentido. Vale tudo contra o Lula. O que eles não sabem é a minha capacidade de resistência. Quero morrer com a mesma dignidade que nasci e por isso que estou brigando tanto”, escreveu ele, em seu perfil no Twitter.