Por Dermival Pereira
A Justiça Militar decreto a prisão preventiva do Cabo da reserva da PM, Nelcivan Costa Feitosa (conhecido como pastor Nelcivan). Em vídeo postado em uma rede social na manhã desta quinta-feira, 23, Costa confirmou a decisão da Justiça, disse que irá se apresentar voluntariamente e pediu apoio de seus seguidores nas redes sociais.
O Portal CP Notícias procurou o advogado Indiano Soares e Souza, responsável pela defesa do militar, que até o momento, não deu detalhes da decisão, mas confirmou que a prisão de fato foi decretada pela Justiça.
A ação foi movida pela Corregedoria-Geral da Polícia Militar do Tocantins que pediu a prisão preventiva do Cabo em um Inquérito Policial Militar aberto para apurar ofensas dele contra superiores, considerado crime no Código de Processo Penal Militar (CPPM).
Nelcivan se tornou conhecido por vídeos publicados na internet em que se autointitula pastor evangélico e cabo reformado da Polícia Militar. Nos vídeos, o militar também define sua atuação como “Patrulha Desmancha Quadrilha”, e sempre com palavras de ordens faz denúncias contra gestores, polícias e principalmente, contra o governador Mauro Carlesse, de quem está proibido de falar, por decisão judicial.
Conforme o pedido assinado pelo tenente-coronel Ricardo Apolinário de Carvalho,
encarregado do inquérito, com as gravações o pastor tem violado a hierarquia e
disciplina dentro e fora da Polícia Militar e ameaçado a paz social, com
possíveis danos ao patrimônio de terceiros, numa referência ao radar móvel de
uma empresa terceirizada que presta serviço para a prefeitura da Capital,
recolhido pelo pastor em uma de suas gravações na Avenida Teotônio Segurado.
O tenente-coronel argumenta que Nelcivan estaria agregando alguns simpatizantes
à sua causa, civis e militares. Há um depoimento de um funcionário da empresa
de radares afirmando que antes do vídeo de Nelcivan esse tipo de conduta jamais
fora registrado, mas após o vídeo viralizar houve outras tentativas de
vandalismo contra os aparelhos.
O pedido de prisão foi protocolado na Justiça Militar no dia 25 de abril.