Marcelo Queiroga, ministro da Saúde, mostrou irritação e respondeu com gesto obsceno os protestos de um grupo de brasileiros na noite de segunda-feira, em 20, em Nova York, nos Estados Unidos. O caso foi publicado pelo Portal Terra.
O ministro, que faz parte da comitiva do presidente Jair Bolsonaro para a Assembleia-Geral da ONU, se levanta dentro do micro-ôninbus, vai até o vidro e mostra o dedo médio das duas mãos para os manifestantes, como mostra vídeo divulgado nas redes sociais.
De acordo com Terra, um grupo pequeno protestava contra o mandatário brasileiro na calçada em frente à residência da missão nacional junto à ONU, onde a comitiva brasileira foi recepcionada para um jantar na noite de ontem. Os manifestantes também responderam com gestos obscenos. Antes de serem alvos do ministro, eles pediam pela saída de Jair Bolsonaro e chamaram o presidente de “genocida” e assassino”.
Na rua, um caminhão com um telão exibia frases em inglês com críticas ao presidente, como “Bolsonaro is burning the Amazon” (Bolsonaro está queimando a Amazônia).
Esse não foi o primeiro protesto contra a comitiva de Bolsonaro. Por onde o grupo passa em Nova York, existe manifestação e gritos contra o presidente, lembrando principalmente o grande número de vítimas por causa da covid-19 no Brasil.
Outro alvo nos protestos foi Eduardo Bolsonaro, filho 02 do presidente. O deputado federal foi xingado enquanto fazia compras na loja da Apple na 5ª avenida, uma das lojas mais famosas da marca.
Bolsonaro chega ao evento pressionado por líderes internacionais por não ter se vacinado contra a covid-19. O avanço da imunização global como saída para o fim da pandemia de coronavírus deve ser tema constante nos discursos desta terça.
A passagem de Bolsonaro por NY nos últimos dois dias foi marcada por constrangimentos em razão da falta de vacinação do mandatário brasileiro — que é o único do G-20 a não se vacinar. A situação foi assunto da reunião bilateral de Bolsonaro com o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson; foi abordada pelo prefeito de NY, Bill de Blasio; e fez a comitiva presidencial precisar driblar regras da cidade para circular e se alimentar.