A semana se inicia com grande expectativa em torno das decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) no caso do prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos (Podemos), preso preventivamente no âmbito da Operação Sisamnes. O futuro do gestor municipal está nas mãos do ministro Cristiano Zanin, relator do caso na Suprema Corte.
Eduardo Siqueira Campos permanece detido no Quartel do Comando-Geral da Polícia Militar, em Palmas, desde sua prisão na última sexta-feira de junho. A defesa do prefeito já se movimentou e aguarda a análise, por parte do ministro Zanin, dos pedidos de revogação da prisão preventiva e de conversão da medida em prisão domiciliar.
A Operação Sisamnes, conduzida pela Polícia Federal, investiga um suposto esquema de vazamento de informações sigilosas de operações e decisões judiciais, principalmente do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A suspeita é de que as informações eram utilizadas para proteger aliados, obstruir investigações e criar uma rede de influência. Além do prefeito, um advogado e um policial civil também foram presos na mesma fase da operação.
A prisão de Siqueira Campos foi solicitada pela Polícia Federal e autorizada por Cristiano Zanin após a análise de mensagens encontradas no celular do prefeito, apreendido em uma fase anterior da mesma operação. O ministro entendeu que a medida era necessária para garantir a ordem pública e a instrução processual.
Até o momento, não há confirmação sobre a formação de uma comissão da Polícia Militar para periciar os investigados e enviar um relatório ao STF, como foi mencionado em versões iniciais do caso que circularam no final de semana. A defesa do prefeito, por sua vez, nega as acusações e afirma que irá colaborar com as investigações para esclarecer os fatos. A população de Palmas e o cenário político tocantinense aguardam os próximos desdobramentos do caso, que podem ocorrer a qualquer momento a partir da análise do ministro Cristiano Zanin.
