No decorrer de uma vistoria realizada nesta terça-feira, 2, na Unidade de Saúde da Família (USF) Mariazinha Rodrigues da Silva, localizado no distrito de Buritirana, o Ministério Público do Tocantins (MPTO), por meio da 19ª Promotoria de Justiça da Capital, constatou que os pacientes enfrentam dificuldades para obter medicamentos, isto devido à unidade não possuir farmacêutico para atender à demanda.
Durante a inspeção, conduzida pelo promotor de Justiça Thiago Ribeiro, os servidores relataram as queixas dos usuários relativas a essa questão, o que faz com que os moradores precisem se dirigir ao distrito vizinho, porém a falta de recursos financeiros para o deslocamento é um empecilho.
Além disso, foi observado que a unidade de saúde não possui monitor de eletrocardiograma nem carrinho de parada de emergência, o que tem impactado negativamente no atendimento aos pacientes, muitas vezes resultando no encaminhamento destes para Taquaruçu em busca de assistência médica adequada.
Os profissionais de saúde também destacaram a falta de segurança no prédio durante o período diurno, uma vez que a presença de um vigilante é restrita ao turno noturno. Segundo relatos, eles se sentem vulneráveis durante o funcionamento da unidade e mencionam casos de violência que já ocorreram no exercício de suas funções.
Outras deficiências
A vistoria na unidade de saúde revelou a presença de infiltrações e mofo nas paredes, além da ausência de uma cantina. Como solução improvisada, os servidores utilizaram um fogareiro em cima de uma cadeira na lavanderia do prédio. Também foi constatada a carência de um depósito, resultando na distribuição de insumos e materiais pelos corredores da unidade.
Outras deficiências incluem a falta de uma sala de descanso para os motoristas de ambulâncias e a ausência de uma porta de emergência, visto que há apenas uma porta para acesso disponível na unidade.
Providências
Diante dessas constatações, a 19ª Promotoria de Justiça da Capital tomará as medidas administrativas e judiciais necessárias para atender às demandas identificadas e garantir a adequada estrutura e condições de trabalho na unidade de saúde.
Texto: Ascom MPE-TO