Agentes da Polícia Civil do Tocantins (PC-TO), da 6ª Divisão de Combate ao Crime Organizado (6ª Deic) de Paraíso do Tocantins e da Polícia Científica do Núcleo de Perícias Contra Crimes Financeiros e do Núcleo de Computação Forense, deflagrou na manhã desta segunda-feira, 13, a Operação Laboratório, que tem por finalidade investigar a prática de lavagem de dinheiro do tráfico de drogas, através estabelecimentos comerciais na cidade de Paraíso do Tocantins.
O investigado já havia sido preso no último dia 1º de fevereiro por manter um laboratório de refino de derivados de cocaína, com cerca de R$ 300 mil em drogas e mais de R$ 260 mil em demais objetos encontrados em sua posse, além de terem sido verificadas movimentações bancárias suspeitas efetuadas pela esposa.
Agora, as investigações apontaram que duas lojas de roupas de propriedade do investigado e de sua esposa possivelmente estariam sendo usadas para dissimular a origem dos valores provenientes do narcotráfico, que supostamente introduziram no mercado lícito o dinheiro sujo oriundo do comércio de entorpecentes. Além disso, o investigado dizia ser agropecuarista, sem, contudo, possuir qualquer cabeça de gado registrada em seu nome.
“Além disso, levando-se em consideração que o investigado abriu uma loja de roupas recentemente, sem possuir suporte econômico-financeiro, surgiram suspeitas no sentido de estar havendo uma possível lavagem de capital oriundo do tráfico através dos estabelecimentos comerciais, cujo ramo de atividade é sensível às práticas financeiras delitivas”, pontuou o delegado-chefe da 6ª Deic, Antônio Onofre Oliveira da Silva Filho.
Durante as ações policiais realizadas hoje também foi dado cumprimento a outro mandado de busca e apreensão em uma chácara de propriedade de um familiar do investigado que poderia estar servindo como “laranja” e registrando as cabeças de gado em seu nome. As circunstâncias estão sendo esclarecidas na investigação.
Foram apreendidos mais de R$10 mil em espécie, cerca de R$50 mil em cordões de ouro, além de documentos contábeis e fiscais dos estabelecimentos comerciais. O caso segue sendo investigado pela 6ª Deic, que apresentará no prazo legal as conclusões da investigação ao Poder Judiciário e Ministério Público.
A Operação Laboratório também contou com apoio da 1ª Divisão de Combate ao Crime Organizado (1ª Deic) de Palmas, setor de perícia contábil e informática da Polícia Científica, bem como das demais delegacias de Polícia Civil que integram a 5ª Delegacia Regional de Paraíso do Tocantins (5ª DRPC).