A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira, 9,, a “Operação Cripta”, que tem como objetivo o aprofundamento das investigações relacionadas à captação de recursos de terceiros para supostos investimentos em criptomoedas. Os investigados prometiam rendimentos entre 5% e 30% do capital investido, mas não possuíam autorização nem da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), nem do Banco Central do Brasil (BCB) para realizarem as operações financeiras anunciadas.
Aproximadamente 24 (vinte e quatro) Policiais Federais cumprem 5 (cinco) mandados de
busca e apreensão na cidade de Palmas, expedidos pela 4a Vara Federal da Seção Judiciária
do Estado do Tocantins. A investigação teve início a partir de denúncias de que haveria um operador captando recursos para investimentos em criptomoedas, mas que tais operações não eram reveladas, de maneira que os investidores não sabiam se as operações com criptoativos ocorriam de fato.
Invariavelmente, os rendimentos eram pagos todos os meses, inclusive, emitindo-se nota fiscal
relativa ao alegado serviço.
Ademais, foi informado que os investigados teriam adquirido diversos bens de alto valor, ostentando boa condição financeira, tudo para conferir maior credibilidade ao suposto negócio. De acordo com as investigações, o prejuízo causado às vítimas pode superar R$ 15 milhões de reais.
Os investigados poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de
indução de investidor em erro, de operação irregular de instituição financeira, de evasão de
divisas (art. 6o, 16 e 22, parágrafo único, da Lei no 7.492/1986) e de lavagem de dinheiro (art.
1o, da Lei no 9.613/1998), cujas penas somadas podem chegar a 20 anos de reclusão e multa.
O nome da operação remonta à etimologia da palavra “Cripta”, que significa “esconder-se”,
referindo-se tanto aos ativos que se prometia adquirir (criptomoedas), quanto à sistemática do
negócio proposto, cuja realidade era escondida dos investidores.