Um inspetor da Delegacia das Mulheres de Santa Luzia, na região metropolitana de BH, e uma servidora do setor de toxicologia do Instituto Médico Legal de Belo Horizonte (IML), estão sob investigação pela corregedoria, devido à suspeita de vazamento das fotos da necrópsia da cantora Marília Mendonça após o acidente aéreo que resultou na morte da cantora sertaneja em novembro de 2021. As informações são do portal O Tempo.
De acordo com a publicação, o inspetor e a servidora foram alvos de uma operação conduzida pela Polícia Civil de Minas Gerais na tarde de segunda-feira, 22. Segundo o portal, a investigação indicou que a dupla teria participado na divulgação das imagens do exame de autópsia realizado no corpo da cantora.
Em abril, a Corregedoria-Geral da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) divulgou a abertura de um procedimento e inquérito policial com o objetivo de investigar e responsabilizar os responsáveis pelo vazamento das fotos do exame de necropsia da cantora Marília Mendonça.
Entenda a investigação
O jovem de 22 anos preso em abril, no Distrito Federal, por suspeita de compartilhar fotos do corpo de Marília Mendonça no Instituto Médico Legal (IML) não é o responsável por ter vazado as imagens. A informação foi divulgada pelo jornal Extra e confirmada pela Polícia Civil ao Terra.
O rapaz que está preso também teria compartilhado imagens de Cristiano Araújo, que morreu em um acidente de carro, e Gabriel Diniz, que, assim como Marília, foi vítima de um acidente aéreo. No entanto, a suspeita é que ele recebia as imagens de outra pessoa.
“Hoje [terça] a prisão dele, em flagrante, foi convertida em prisão preventiva. De fato, conforme investigado, foi comprovado que ele recebia e divulgava as imagens. Somente depois de análise de equipamentos eletrônicos que a PCDF [Polícia Civil do Distrito Federal] terá informação sobre a origem das imagens. Informamos também que a investigação encontra-se em sigilo. Dessa forma, não serão repassados mais detalhes”, informou a Polícia Civil por meio de nota enviada ao Terra.
Segundo informações do jornal Extra, uma investigação interna, promovida pela Superintendência de Informações e Inteligência Policial da Polícia Civil de Minas Gerais, apura indícios de que as imagens foram captadas de um computador de dentro de uma unidade policial, por meio de print da tela.
As linhas de investigação ocorrem em paralelo, já que a prática de compartilhamento das imagens de necropsia também é um crime previsto no Código penal.
Jovem preso por compartilhar imagens
A prisão do jovem de 22 anos ocorreu após perfis postarem no Twitter fotografias dos laudos periciais. O assunto chegou a ser um dos mais comentados na plataforma, com fãs pedindo respeito pela memória da artista e também pelos familiares dela. O advogado também acionou as autoridades para investigar.
De acordo com a Polícia Civil, a prisão do rapaz foi feita pela Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), durante a Operação Fenrir, com o objetivo de reprimir crimes praticados na internet. A ação faz parte de uma investigação realizada para identificar administradores de perfis em redes sociais que divulgaram e compartilharam esse conteúdo.
Conforme informado ao Terra, as imagens foram obtidas ilegalmente e distribuídas de forma indiscriminada na internet. Nesta etapa da operação, foi cumprido, por determinação judicial, um mandado de busca e apreensão, que resultou na prisão em flagrante do suspeito. Ele teria utilizado o Twitter para difundir as imagens dos artistas.
Ele responderá pelo crime de vilipêndio de cadáver – quando tratam o corpo com desdém ou desrespeito. O Código Penal prevê de 1 a 3 anos de detenção, além de multa.