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Conforme noticiado pelo site Cleber Toledo, o ex-governador do Tocantins Mauro Carlesse teve seu pedido de habeas corpus negado e segue preso em Palmas. O desembargador João Rigo Guimarães, do Tribunal de Justiça, indeferiu na noite desse domingo, 15, o pedido da defesa de Carlesse, mantendo integralmente a decisão de primeiro grau que decretou a prisão preventiva dele. Carlesse foi preso na manhã desse domingo.
Mauro Carlesse foi governador do Tocantins de 2018 a 2021, quando foi afastado do mandato por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e depois renunciou para evitar um impeachment na Assembleia Legislativa.
“Porquanto presentes os requisitos legais e evidenciada a necessidade da medida para resguardar a instrução criminal e a aplicação da lei penal”, afirma a decisão. “Denota-se que a decisão judicial encontra-se robustamente fundamentada em elementos concretos que evidenciam riscos efetivos à aplicação da lei penal. Diferentemente do alegado pela defesa, os autos demonstram sofisticada articulação para potencial evasão do país, consubstanciada nos elementos probatórios trazidos aos autos”, escreveu o magistrado.
Fuga do Brasil
Carlesse foi preso nesse domingo, 15, em sua fazenda no município de São Salvador, sul do Tocantins. A ordem judicial foi motivada por indícios de um possível plano de fuga para o exterior. Os mandados de prisão preventiva e busca e apreensão foram expedidos pela 3ª Vara Criminal de Palmas.
Segundo matéria do Cleber Toledo, além da prisão de Mauro Carlesse, foi expedido outro mandado contra Claudinei Aparecido Quaresemin, também investigado por envolvimento em um esquema de corrupção.
Diálogos por telefone entre Carlesse e Quaresemin demonstram que os dois estavam organizando se mudarem para o Uruguai, inclusive com pedido oficial de residência permanente no país e emissão de carteira de identidade uruguaia.
Defesa
A defesa do ex-governador respondeu que Carlesse está à disposição da Justiça e negou qualquer viagem para fora do Brasil.
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Quaresemin
A Justiça Federal decretou a prisão preventiva do ex-secretário de Parcerias e Investimentos do Tocantins Claudinei Aparecido Quaresemin por suposto envolvimento em uma organização criminosa suspeita de atuar em fraudes licitatórias, desvio de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro. O nome dele apareceu nas investigações da Operação Overclean, deflagrada no último dia 10, por Polícia Federal, Ministério Público Federal, Receita Federal e Controladoria-Geral da União. Foram cumpridos mandados contra empresários e gestores de órgãos públicos da Bahia, São Paulo, Goiás e Tocantins. No total, 16 pessoas tiveram prisão decretada.