Entrar na conta

Cidades

Profissionais da enfermagem de Conceição do Tocantins fazem protesto contra decisão do STF que suspendeu piso salarial da categoria

Profissionais da enfermagem protestam pelas ruas de Conceição do TO – Foto: Divulgação

Profissionais de enfermagem da cidade de Conceição do Tocantins, localizada na região Sudeste do Estado, se uniram, nessa quarta-feira, 21, em protesto pelas ruas da cidade contra a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), a Lei que criou o piso salarial da categoria.

Conforme a organização, entre os manifestantes, estava enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, médicos e funcionários da saúde no município. A concentração teve início em frente ao Posto de Saúde Abílio F. Azevedo, e em seguida, os manifestantes saíram em caminhada pelas ruas da cidade até a UBS Luiz Francisco de Miranda.

O enfermeiro Rayk Bastos, participante da manifestação contrária a decisão do STF disse que, ‘nosso apelo é voltado especialmente para que haja mais respeito e humanismo com os profissionais da enfermagem. Nossa categoria merece um bom piso salarial’, diz o enfermeiro.

Entenda

O Supremo Tribunal Federal decidiu, por 7 votos a 4, suspender a aplicação da lei que determina o piso nacional da enfermagem no Brasil. O julgamento no plenário virtual terminou nesta sexta-feira, 16 e referendou uma decisão liminar, do dia 4 deste mês, expedia pelo ministro Luís Roberto Barroso.  A decisão causou revolta da classe que tem realizado protestos por todo o País.

A maioria dos ministros chancelou uma decisão liminar de Luís Roberto Barroso que, além de suspender os efeitos da lei, dava 60 dias para entes públicos e privados da área da saúde esclarecerem o impacto financeiro, os riscos de demissão em massa no setor e eventual redução na qualidade dos serviços.

Seguiram Barroso os ministros Ricardo Lewandowski, Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes e Luiz Fux. André Mendonça abriu uma divergência e recebeu o endosso de Kássio Nunes Marques, Edson Fachin e Rosa Weber.

Em seu voto, Barroso disse ser importante valorizar os profissionais de saúde, mas voltou a citar os mesmos motivos que havia exposto na decisão liminar.

“No fundo, afigura-se plausível o argumento de que o Legislativo aprovou o projeto e o Executivo o sancionou sem cuidarem das providências que viabilizariam a sua execução, como, por exemplo, o aumento da tabela de reembolso do SUS à rede conveniada. Nessa hipótese, teriam querido ter o bônus da benesse sem o ônus do aumento das próprias despesas, terceirizando a conta.”

A lei do piso, aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro, estabelece uma remuneração mínima de R$ 4.750 reais para os enfermeiros.




Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Crie a sua conta única para todos os produtos do Portal Cleiton Pinheiro

 

Não tem conta?

Anuncie a sua empresa em um dos maiores portais de notícias do Tocantins.