Dermival Pereira
Profissionais de enfermagem lotados nas unidades hospitalares do Tocantins reclamam do Governo do Estado que estaria “obrigando” a categoria a assinar um novo contrato com outra nomenclatura de função. Conforme as denúncias, no lugar da função de técnico em enfermagem, os profissionais agora passam a ser chamados como assistentes de serviços de saúde, o que pela lei, impede esses profissionais de atuarem em várias áreas de sua formação, além de reduzir o salário em quase R$ 100, 00 por mês.
Com
a medida, segundo as denúncias, mesmo com a formação em técnico em enfermagem,
esses profissionais não podem atuar nas Unidades de Terapias Intensivas (UTIs),
mas mesmo assim, o Governo insiste em mantê-los atuando nas UTIs, com salários mais
baixos e a mesma carga horária.
Uma das denunciantes classificou o ato do Governo como perseguição contra a
categoria. “Isso configura desvio de função, está na lei, mas o Governo
continua insistindo, pois até mesmo quando a Justiça decide, ele não cumpre,
estamos sendo perseguidos por essa gestão, sem condições mínimas de trabalho, e
agora vão reduzir o nosso salário, mais uma vez, nós clamamos pela atuação do
Ministério Público e da Defensoria em prol não só da nossa categoria”.
Conforme a fonte, “muitos profissionais de enfermagem estão doentes em virtude
da jornada excessiva e das más condições de trabalho, temos um número altíssimo
de atestados médicos, pois não estamos mais aguentando a sobrecarga, para se
ter uma idéia, com a superlotação nas UTIs, sobretudo no HGP, estamos com uma
média de cinco pacientes para cada técnico, o que pela norma, o ideal seria
dois, no máximo três, de acordo com as condições clínicas do paciente”,
destaca.
O outro lado
Portal CP Notícias acionou o Governo
do Estado e o Sindicato dos Profissionais de Enfermagem do Tocantins (Seet)
para que eles comentassem o assunto e aguarda resposta. O espaço permanece
aberto.
Isso é uma vergonha, profissionais que cuidam de vidas passar por um tipo de situação degradante como essa. SOU PRIFISSIONAL DA SAÚDE. FICO INDIGNADA COM TAL SITUAÇÃO.