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SOMOS 99%: Após bater 400 mil assinaturas, campanha entra em nova fase e tem novidades

Após ultrapassar as 400 mil assinaturas, o manifesto “Somos 99%”, lançado há uma semana pelo fundador do Instituto Conhecimento Liberta (ICL), Eduardo Moreira, entrou em uma nova fase nesta segunda-feira (14). A campanha, a partir de agora, fará uma pressão direta aos deputados e senadores do Congresso Nacional em favor das pautas que constam no texto. A novidade foi anunciada no ICL Notícias – 1ª edição.

No site 99porcento.com.br, onde está disponível o abaixo-assinado, também será possível acompanhar uma lista de todos os congressistas do país (no primeiro momento, os deputados federais), que serão interrogados pelo ICL sobre as propostas do manifesto. Na lista, será possível conferir o posicionamento dos parlamentares sobre os assuntos.

Os deputados que se manifestarem a favor de todas as propostas receberão um selo do “Somos 99%” e os parlamentares que foram contrários também serão exibidos no site. Paralelo a isso, serão apresentadas, no Congresso Nacional, propostas para colocar em prática os pontos apresentados pela campanha. Os congressistas que se manifestaram a favor das ideias e voltarem contra as medidas no Parlamento vão receber um selo de “traidor dos 99%”.

“A gente vai fazer um acompanhamento com mais de 400 mil fiscais pressionando para que as medidas sejam implementadas. Esse é o próximo passo do ‘somos 99%’, estamos botando dinheiro nisso, mas é para transformar ideias e mobilização em prática política, em pressão política e em mudança efetiva. Nós vamos comemorar muito quando a primeira proposta passar, e vai passar”, salientou Eduardo Moreira.

“Acho fundamental porque é fazer aquilo que você de fato estava falando que ia fazer. Tem uma etapa fundamental de transformação social profunda que é catalizar o desenvolvimento de uma democracia participativa”, afirmou o jornalista Cesar Calejon, no ICL Notícias – 1ª edição.

MANIFESTO

No site 99porcento.com.br, onde está disponível o abaixo-assinado, também será possível acompanhar o posicionamento de todos os congressistas do país sobre as propostas do manifesto.

Propostas da campanha pelo Manifesto

A campanha denuncia os privilégios do 1% mais rico da população, responsável por concentrar 63% da riqueza nacional, além de criticar os abusos de políticos fisiológicos e servidores com supersalários.

Entre as principais reivindicações estão: Fim dos supersalários no setor público; extinção das emendas secretas; redução da carga tributária sobre os trabalhadores; tributação mais justa sobre os mais ricos; combate à impunidade entre políticos, juízes, empresários, banqueiros e militares; divulgação ampla do Portal da Transparência; Cobrança de dívidas bilionárias de grandes latifundiários e empresas; proibição de eventos públicos considerados “vergonhosos” e sem transparência.

“A gente precisa saber o que vai cobrar. É isso que a gente fez dessa vez”, explicou Eduardo Moreira durante o lançamento. Moreira destacou dados alarmantes do relatório da Oxfam sobre desigualdade e poder corporativo, além de informações da PNAD Contínua, do IBGE, que evidenciam a disparidade de renda no Brasil. Segundo o levantamento, o 1% mais rico ganha, em média, 36,2 vezes mais do que os 40% mais pobres. Em comparação aos 10% mais ricos, a diferença é de 13,4 vezes.

manifesto

O abaixo-assinado está disponível no site 99porcento.com.br

“Não é de se estranhar que, com tanta moleza, o 1% mais rico do Brasil tenha quase o dobro da riqueza que os outros 99% somados. Dá golpes de bilhões e não vai preso. Deve bilhões e não paga. São donos dos bancos, dos juízes, do Congresso, dos jornais e das terras”, afirmou Eduardo em vídeo nas redes sociais.

Leia o manifesto

“Por um Estado Ético, Justo e Transparente

O Brasil precisa de coragem para romper com os privilégios, enfrentar os abusos e devolver o Estado ao povo.

Não aceitaremos mais um país em que poucos concentram riquezas e benefícios, enquanto a maioria paga a conta.

Chegou a hora de moralizar o Judiciário, o Legislativo e o Executivo. De construir um Estado ético, justo e transparente.

Por isso, propomos as seguintes medidas imediatas e inegociáveis:

Fim dos Supersalários

Exigimos o cumprimento integral do teto constitucional para todos os servidores públicos, sem exceções ou manobras. Chega de “penduricalhos” que transformam cargos públicos em castas de privilégios.

Justiça Fiscal para Quem Mais Precisa

Isenção de imposto de renda para quem ganha até 5 mil reais.

E que o 1% mais rico finalmente pague sua parte justa, com taxação de dividendos milionários e combate às estratégias que driblam impostos.

Combate à Corrupção e à Impunidade

Deputados e senadores que roubam, descumprem a lei ou traem a confiança pública devem ser julgados e punidos como qualquer cidadão.
A revisão do foro privilegiado para proteger criminosos é urgente.

Transparência Radical

Fim imediato das emendas secretas, com auditoria completa de tudo o que foi gasto nos últimos anos.
O povo tem direito de saber para onde vai cada centavo do seu dinheiro.

Cobrança dos Grandes Devedores

Os grandes donos de terras, bancos e empresas que acumulam dívidas bilionárias com a União devem pagar já o que devem à sociedade.
Não aceitaremos mais calotes travestidos de “acordos” ou ações judiciais intermináveis.

Chega de Subsídios aos Já Ricos

Os subsídios fiscais bilionários para grandes empresas precisam acabar. É hora de investir esses recursos na população, não em privilégios.

Independência e Imparcialidade no Judiciário

Definição clara de regras para que magistrados não participem de eventos financiados por entidades privadas que possam comprometer sua imparcialidade. Justiça não se vende, não se aluga, não se corrompe.

Fiscalização Popular

Uma campanha nacional de divulgação do Portal da Transparência, para que qualquer cidadão possa fiscalizar os gastos, salários e benefícios de deputados, senadores e membros do Executivo.
O povo fiscaliza. O povo cobra. O povo decide.

O Brasil que Queremos

Queremos um Brasil onde os impostos sejam justos, onde os poderosos também paguem a conta, onde ninguém esteja acima da lei, e onde cada centavo público sirva para melhorar a vida da maioria.

Este manifesto é um chamado: para quem não aceita mais a desigualdade, para quem não aguenta mais privilégios e corrupção, para quem acredita que o Estado deve servir ao povo — e não o contrário”.

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