
A Ourivesaria de Natividade, expressão artesanal que preserva técnicas seculares de produção em ouro e prata no sudeste tocantinense, foi oficialmente reconhecida como Patrimônio Imaterial do Brasil nessa terça-feira, 25, durante a 111ª Reunião do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, realizada na sede do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em Brasília/DF.
O processo, iniciado em 2007, obteve o parecer favorável e foi aprovado de forma unânime durante votação. O ofício tradicional dos mestres ourives de Natividade passa ser um Patrimônio Imaterial do Povo Brasileiro, reforçando o valor histórico, artístico e identitário dessa prática para o povo brasileiro e será incluído no Livro de Registro dos Saberes.
A reunião pública foi transmitida pelo canal do Iphan no YouTube e contou com conselheiros, especialistas, gestores e representantes de instituições culturais de todo o país. A Secretaria de Estado da Cultura do Tocantins (Secult) acompanhou a votação de forma on-line, reconhecendo a importância da decisão para o fortalecimento das políticas de preservação no estado.
Representaram Natividade no momento histórico, representando o Tocantins, em Brasília, Alessandro Lopes (Iphan); Tino Camelo (Secult Natividade); Cejane Pacini (Iphan); Noeci Carvalho (UFT); Ney Clara (consultora); e Simone de Natividade (Asccuna); bem como o superintendente do Iphan TO, Danilo Curado; e o ourives de Natividade, Mestre Wal.
Saberes centenários
A Ourivesaria de Natividade é uma das manifestações mais emblemáticas do Tocantins, marcada pela produção artesanal minuciosa, pela transmissão de saberes entre gerações e pela forte ligação com a história do antigo arraial, berço de tradições que remontam ao período colonial. O reconhecimento nacional amplia a visibilidade dessa prática e reforça a necessidade de ações de salvaguarda e valorização dos mestres ourives e de suas comunidades.



